A fachada da Casa Araçá é um verdadeiro jogo de blocos e sobreposições. Essa condição cria um privilegiado espaço para contemplação do por do sol, a varanda. Com volumes brancos marcantes e detalhes em madeira natural, revela uma composição de linhas puras que dialogam com a leveza do entorno. A volumetria é generosa e bem calibrada, criando cheios e vazios que se relacionam com o sol, as sombras e a ventilação cruzada, princípios fundamentais do nosso clima tropical.

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No interior, a paleta de materiais reforça o acolhimento sensorial: a madeira aquece, o mobiliário em tons neutros e naturais proporciona conforto tátil e visual, enquanto a luz natural permeia todos os ambientes através de grandes panos de vidro, criando uma ambiência viva e mutável ao longo do dia. O uso de plantas internas e externas reforça a bioconexão, característica muito cara à arquitetura brasileira de essência.

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A escada em espiral, verdadeira escultura funcional, é o ápice da experiência estética — revestida com acabamento metálico em cobre, ela conecta os pavimentos com fluidez e dramaticidade, evocando a sensualidade das curvas modernistas de Niemeyer, reinterpretadas com linguagem contemporânea e autoral.

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Esta casa é mais do que um abrigo — é uma experiência arquitetônica completa, onde cada detalhe foi desenhado para promover qualidade de vida, contemplação e pertencimento ao lugar. É uma arquitetura de alto valor, não apenas financeiro, mas poético e humano.

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Local // Brasília, Brasil
Projeto // outubro. 2024
Área do terreno // 620 m²
Área construída // 350 m²

Arquitetura e interior design // Sariedine Arquitetura
Arquiteto // Victor Sariedine